Mente Porca
Não sou puritano. Os meus neurónios deliciam-se com erotismo e sensualidade, e, não raras vezes, mesmo com pornografia. As coisas que eu imagino cá dentro não são para cabeças sensíveis. Tenho o que podem chamar mente porca, perversa, twisted mind, o que quiserem. Mas, na verdade, a ser alguma coisa, esta mente, creio que não será “porca”, na medida em que tenho requinte naquilo que imagino, sexualmente. E, no mais, tenho grande facilidade em transportar quase tudo (nunca tudo, há limites) para o domínio do sexo, mesmo as coisas mais inocentes.
Quando me dizem que tenho uma mente porca, talvez estejam a ver a coisa ao contrário. Talvez isto revele, apenas, que enquanto todos os outros se dão ao trabalho de fugir à verdade, eu aceito, sem combater, que na vida vai tudo dar ao mesmo. Ao sexo. Entre aqueles que teriam gostado de me conhecer, conto Kinsey, Masters, Johnson e Freud. Não tivemos tempo. E haverá muitos mais, eu é que sou limitado no conhecimento.
Não há limites no sonho, não há limites no sexo, excepto os que cada um de nós impõe. Tudo é permitido, tudo faz parte desde que seja consensual e de comum acordo… não, é sempre não, não há lugar a nins, tirando isso, não há limite, haja imaginação, loucura qb, partilha, entrega, cumplicidade, e o mundo do sexo será sempre para descobrir, com arrojo.
Felizes dos que têm uma mente porca, conseguem ver para lá do normalzinho e normalizado, do óbvio..
Beijinho grande, gosto sempre tanto de te ler.